terça-feira, 31 de maio de 2011

Como está sua flora intestinal?

Atualmente a preocupação com o intestino preso tem se emancipado na mídia, estimulando as pessoas, de alguma forma, a possuírem um intestino com funcionamento regular. Porém um intestino regular não é sinônimo de flora intestinal saudável, já que muitos métodos usados para estimular a evacuação são altamente destruidores da nossa flora intestinal e o seu uso contínuo pode trazer consequências graves, como a entrada de germes oportunistas e até mesmo o câncer de intestino, já que os movimentos peristálsticos acabam sendo desestimulados com o uso do laxante. Com isso acaba se tornando um ciclo vicioso, e a busca por alternativas para fazer o intestino funcionar fica frequente, agravando os episódios de constipação.


Além disso, a destruição da flora intestinal pode ser acarretada pelo consumo excessivo de alimentos processados em relação aos alimentos crus, o uso de antiinflamatórios, bem com o uso de drogas ou ervas laxativas, que são comumente usados nos episódios de mal funcionamento do intestino, que em sua maioria está relacionado ao estilo de vida: dieta inadequada, sedentarismo e pouca ingesta de água. Os fitoterápicos laxativos, visto por muitos de forma positiva, por considerarem naturais, como é o caso do chá de sene, também são altamente agressores da microbiota intestinal.

Tratamentos de patologias com uso de antibióticos orais, podem acarretar em danos na flora intestinal, pois a ação dos antibióticos é destruir as bactérias causadoras da doença, mas ainda não são inteligentes a tal ponto de identificar quais as bactérias são prejudiciais a aquele organismo, com isso as colônias de bactérias benéficas para a saúde acabam sendo destruídas.

Mas afinal, o que é a flora intestinal?

A microbiota ou flora intestinal são cerca de 100 trilhões de bactérias, com 100 variedades em média. Elas participam da digestão, absorção e síntese de ácidos graxos de cadeia curta, vitaminas B e K. Contribuindo também, na redução de moléculas de colesterol e exercendo um importante papel preventivo para a saúde, pois elas favorecem a prevenção de diversas infecções intestinais, ajudam a eliminar toxinas, melhoram o aspecto da pele e estimulam o sistema imunológico. Mas para que ela cumpra com seu propósito é necessário que elas se mantenham em equilíbrio e a alimentação se torna fundamental neste processo.

Algumas substâncias alimentares não digeríveis no trato gastro intestinal superior, ao atingirem o cólon são metabolizadas e promovem o crescimento da microbiota intestinal benéfica, tais substâncias são chamadas de prebióticos, presentes em alimentos ricos em fibras e nos frutooligossacarídeos (FOS), como cebola, alho, alguns grãos e mel. Além delas ajudarem na manutenção da flora intestinal elas auxiliam no trânsito intestinal e na consistência normal das fezes, prevenindo a constipação.

Há também outra classe de substâncias, chamadas probióticos, que contém bactérias vivas que produzem efeitos benéficos, favorecendo a flora intestinal, presentes em alguns iogurtes e leite fermentados, as bifidobacterium e lactobacillus favorecem a síntese de vitaminas do complexo B, aumenta o valor nutricional de certos alimentos e ajudam no controle do colesterol.

Então se você exagerou nos produtos laxativos ou passou por algum tratamento com antibiótico e afins, trate-se de recompor a sua flora intestinal, com auxílio dos alimentos probióticos e prebióticos, lembrando que evitar a ingesta de líquidos durante as refeições contribuí para que as bactérias nocivas não se proliferem, pois os líquidos mudam o PH do sistema digestivo.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

A Importância das frutas amarelas!


frutas amarelas
Nos alimentos de cor amarela há antioxidantes em comum ajudando assim a saúde dos nossos olhos. Cada fruta de cor amarelado têm uma ou mais substâncias que beneficiam diferentes funções do nosso organismo.



     Esses alimentos têm algo em comum e ao consumir de formas variadas eles podem trazer um mesmo benefício: a proteção da visão.
Frutas como pêra, banana, melão amarelo, entre outras frutas, contêm zeaxantina e luteína, caratenóides que reforçam as proteções do sistema imunológico, com grande ação antioxidante na área dos olhos, reduzindo assim as infecções, catarata e até mesmo uma possível cegueira.
Em relação ao maracujá foram feitas pesquisas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que comprovam que ele realmente acalma e ainda age como antioxidante. Foram estudados quatro tipos de frutas, inclusive o maracujá azedo, o mais consumido no Brasil em forma de sucos.
Esse efeito calmante se deve à presença de alcalóides, que tem propriedade anti-hipertensiva. Passiflorina é o nome de um dos alcalóides presentes no maracujá, indicados nos casos de insônia, estresse, pressão alta e ansiedade.
As substâncias sedativas estão em maior quantidade nas folhas, por isso, chás preparados com essa parte da planta também agem como calmantes. Podem aliviar até dores de cabeça, já que dilatam os vasos sanguíneos, melhorando assim a circulação no cérebro e baixando a pressão arterial.
As sementes do maracujá possuem ótimas quantidades de ácidos graxos poli-insaturados, como ácido linoléico (ômega 6) e palmítico, e menor quantidade de linolênico (ômega 3). Essas substâncias ajudam na manutenção das membranas celulares e da transmissão dos impulsos nervosos. As sementes podem ser incluídas em receitas de tortas, molhos e bolos.
Até a casca da fruta pode ser aproveitada em forma de farinha, que é capaz de diminuir a glicose sanguínea e o colesterol. A farinha de maracujá é rica em pectina que retarda o esvaziamento gástrico, melhorando o trânsito intestinal e controlando a glicemia, sendo assim aliada dos diabéticos.
O abacaxi tem como principal função melhorar a digestão, amenizando assim a sensação de peso no estômago e previne a prisão de ventre. A bromelina é a substância responsável por facilitar esse processo digestivo, é uma enzima que participa das reações bioquímicas, acelerando assim a digestão.
A bromelina age no estômago quebrando as proteínas ingerida e também ativa a circulação sanguínea. Concentra-se no miolo do abacaxi, a parte central e mais durinha da fruta.
A banana é rica em potássio sendo uma aliada da saúde do coração. Um estudo publicado na revista americana Archives of Internal Medicine, feito com quase 3 mil pessoas, mostrou que aumentar a ingestão de potássio e restringir a de sódio diminui em até 50% os problemas causados pela hipertensão, como AVC (Acidente Vascular Cerebral) e infarto.
Uma banana média fornece um terço da necessidade diária recomendada de potássio. Estudos comprovam a importância do mineral para a função muscular adequada, inclusive do coração. Há ainda duas substâncias que promovem o bem-estar: o aminoácido triptofano e a vitamina B6. Ambos os nutrientes participam da produção de seretonina, hormônio que causa sensação de relaxamento e melhora do humor.
No melão os nutrientes obtidos são diferentes de acordo com o tipo de melão escolhido: há uma boa quantidade de betacaroteno no melão cantalupo, o melão amarelo há luteína e zeaxantina.
Os dois tipos são compostos de muita água, eliminando assim a retenção de líquidos no organismo, e consequentemente, combatendo inchaços. O melão cantalupo oferece maior quantidade de vitamina C, que ajuda na formação de colágeno (proteína que sustenta pele e ossos) e de potássio, mineral que controla a quantidade de água nas células.
O melão é rico em vitaminas A e do complexo B, ferro, fósforo, cálcio e potássio. É calmante, diurético e anticoagulante, regulando o funcionamento intestinal e pode prevenir problemas hepáticos.
No pêssego há betacaroteno, luteína e zeaxantina antioxidantes que auxiliam na proteção da saúde dos olhos é triplicada: enquanto o betacaroteno transforma-se em vitamina A, que previne a cegueira noturna e a conjutivite, a luteína e a zeaxantina reduzem o risco de catarata e infecções.
O pêssego é rico em fibras, carboidratos, vitaminas do complexo B, fósforo, manganês, cobre e iodo. Age como diurético e desintoxicante e é excelente para prevenir problemas pulmonares. Também tem vitamina B3, conhecida como niacina, essencial para o crescimento e desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes.
A pêra contêm mais fibras que a maçã e é uma ótima opção para regular o funcionamento do intestino e controla as taxas de colesterol. A fibra é um tipo de carboidrato encontrado somente no reino vegetal. Mesmo não sendo ingerida e absorvida pelo corpo humano, possui uma nobre função reguladora e é indispensável ao organismo.
A fibra presente na pêra é a do tipo solúvel, que dissolve-se em água, formando um gel viscoso. Esse gel permanece por mais tempo no estômago, prolongando a sensação de saciedade. Também absorve toxinas, mantendo o tubo digestivo saudável.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O que significa comer bem?


As pessoas possuem conceitos com relação a alimentação saudável que nem sempre condizem com evidencias científicas. A nutrição traduz para a prática as observações verificadas nas pesquisas e o nutricionista é o profissional melhor capacitado para a divulgação e promoção de praticas alimentares saudáveis na sociedade. Desse modo, a nutrição preventiva mostra-se campo abrangente para o desenvolvimento da qualidade de vida e do bem-estar como um todo.
A Sociedade contemporânea prega a rapidez e a praticidade no estilo e hábitos de vida –  a sociedade hedonista busca o prazer imediato e sem “esforço”. É exatamente a praticidade e o imediatismo que a indústria de alimentos e as redes de “fast food” pregam como necessidade e dizem ofertar ao consumidor. Entretanto, as pessoas abraçam e “compram” esses conceitos/ideias sem estarem devidamente informadas acerca do que isso pode significar em termos nutricionais e dos riscos que certas escolhas trazem para a saúde.
O que a sociedade ocidental acredita ser inócuo para a saúde, precisa ser discutido e informado em projetos de políticas públicas de saúde e nos consultórios de nutrição. Apresento algumas ideias que fazem parte da construção disfuncional sobre alimentação:A alimentação saudável é cheia de regras difíceis de serem seguidas;
A alimentação saudável é muito cara;
Dietas não funcionam;
Dieta é sinônimo de sofrimento;
Não é possível manter dieta saudável e seguir vários eventos sociais;
Todas as gorduras são péssimas para a saúde;
A suplementação é mais eficiente que a dieta ou a mudança de comportamento;
Posso ficar magra e bela sem precisar recorrer à dieta e atividade física;
Basta “malhar” para ganhar músculos;
É impossível ensinar crianças a gostar de frutas e hortaliças;
Conheço todas as recomendações, não preciso de “ninguém” para me dizer o que devo ou não comer;
Incluir consultas e orientações nutricionais na rotina de saúde da família é prática muito cara.

Isto só para citar algumas das crenças mais comuns observadas na pratica clínica.
A desconstrução destas crenças